terça-feira, 31 de maio de 2011

Música vicia.

Com o título de "Música sua droga diária", um post do Update or Die me chamou atenção demais e eu vou repassá-lo aqui no blog.



Você já parou para pensar por que valorizamos tanto uma experiência musical?
Por que certas músicas alteram o meu e o seu “estado de espírito”?
Mexem com nosso estado emocional e impactam diretamente em nossa frequência cardíaca e respiração (ou vai me dizer que você nunca teve arrepios ou sentiu uma baita euforia ao ouvir uma música?)
Lembra aquela música que remete a uma lembrança muito forte? Como as dos casais apaixonados, sua power song para começar um treino ou aquela especial, que marcou momentos bons ou ruins da sua vida?
Tudo isso… uma reação química do seu corpo.
A música nos ajuda a acordar, a acalmar, a nos concentrar mais é um combustível para nossa motivação. Essas reações não são só reflexos do seu humor. São exatamente iguais ao que sentimos ao saborear alguns pratos deliciosos ou ao usar algumas drogas psicoativas.
No começo do ano, o The Guardian publicou o artigo: “Favourite music evokes same feelings as good food or drugs” (tks Bruno Scarto pelo link). No artigo, o autor explica que a experiência do prazer é medida através da liberação de químicos pelo cérebro, principalmente a dopamina (responsável pela sensação de motivação, precursora natural da adrenalina. Anormalidades deste neurotransmissor estão relacionadas às patologias de desordens psíquicas, como a Esquizofrenia e o Mal de Parkinson). O artigo explica, inclusive, a metodologia através de experiências com músicas instrumentais e como ataca esses circuitos cerebrais.
A vontade, desejo e necessidade de repetirmos a dose libera a dopamina. A recompensa (o prazer) acontece por que temos e queremos ouvir e seguir uma sequência de notas e silêncios (a música é isso, o tempo e o silêncio entre notas) para reconhecermos e apreciá-los. De acordo com essa pesquisa, a sensação que temos ao ouvir músicas (as que realmente nos tocam), têm sido uma das experiências mais agradáveis da vida.
Precisava de um estudo científico para provar isso?
A pesquisa busca entender e quantificar quais os aspectos da música emocionam mais que outro. Os resultados tem contribuído para entender sua importância no desenvolvimento humano e como ferramenta terapêutica. Além de atingir o emocional, a música é uma forma de manter o corpo em movimento. Áreas do cérebro que são ativadas quando chutamos uma bola por exemplo, são também ativadas quando ouvimos momentos expressivos de uma música. E o que nos emociona pode não ser apenas o ritmo e a melodia, mas também momentos de mudanças súbitas em padrões musicais.
A maneira de um músico expressar ou executar músicas está totalmente ligado à isso, já que acrescentam personalidade e um tanto de interpretação. Ou você nunca se decepcionou com uma banda no palco, sentindo falta daquela “pegada”? Daquela química entre os músicos? Isso realmente acontece. O contrário também? (a exemplo do impressionante Sir Paul McCartney em cima de um palco).
Música dá prazer, está comprovado cientificamente. Assim fica fácil entender por que valorizamos tanto esse ritual. Entende-se também porque são tão utilizadas em campanhas e filmes sugerindo uma utópica felicidade ou uma tristeza melancólica.
Para finalizar o post, este vídeo do The “What is?” Project. Neste episódio: O que é a música?


What Is Music? (#1) from The What Is Project on Vimeo.

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